quinta-feira, dezembro 20, 2007

Angel-A


Hoje finalmente consegui ver o filme Angel-A, o qual já andava à dois anos para ver... Sentei-me no sofá, tapei-me com o cobertor e seguiu-se a sessão.
Já tinha ouvido falar do filme, visto uns anúncios, lido alguns comentários, uns bastante bons, outros mesmo nada graciosos, e tudo rondando a questão "o que se passou com Luc Besson?". Ora, este género de coisa leva-me a ficar curiosa. Afinal o que é que certas pessoas esperam de um realizador, produtor e argumentista que tanto faz filmes de ficção científica, dramas, ou os habituais big buggets de acção e de época, entre tantos outros géneros (5th Element, Taxi, The Messenger: The Story of Joan of Arc, ou Yamakasi só para mostrar a variedade da escolha). Simplesmente não se pode generalizar uma pessoa assim...


A história começa por retratar a situação de vida de André (interpretado por Jamel Debbouze), um americano de descendência argelina, a viver em Paris, completamente endividado e constantemente perseguido pelos seus credores. Nada lhe corre bem e com um prazo limite para saldar as suas dívidas até à meia noite, sem hipótese de fuga, decide atirar-se duma ponte sobre o rio Sena. Contudo, no último instante, enquanto este fala com Deus, surge então uma mulher, loira e alta, que se atira da ponte. De certeza que quem conhece, recorda-se do filme Its A Wonderful Life.... Ora, este salta e salva-a. Angela (Rie Rasmussen) decide então, como agradecimento, ajuda-lo em tudo o que puder, tentando salvá-lo de si mesmo e ao mesmo tempo mostrando-lhe o quão fantástica e bela a vida pode ser. Durante este processo, André aprende a amar e a ser amado, assim como descobre a ver quem realmente é. Como a personagem Angela mesmo diz, ela caiu do céu para o ajudar, e num compasso suave seguimos, numa viagem fabulosa, as aventuras e desventuras deste encontro de opostos.


Esta história transforma-se então numa metáfora sobre as pessoas que entram na nossa vida, e viram-na do avesso, como por magia, mudando-a para sempre.
Para além disso, convém referenciar o fantástico trabalho do director de fotografia Thierry Arbogast, o qual posibilitou esta bela ode à cidade de Paris, brilhantemente retratada numa viagem mágica, a preto e branco, entre discussões em cafés, cigarros acendidos, ruas vazias, e claro, o rio Sena.





País de Origem: França
Ano: 2005

1 comentário:

Anónimo disse...

trés magnifique!

(escrevi bem? o meu francês tá mesmo muito enferujado)