the Man with the Movie Camera

Esta última semana foi dolorosa. Quatro testes, duas entregas de trabalhos, tratar de telefonemas e correspondência para a produção do projecto... não foi fácil não, mas estou viva... Acho eu, se bem que com tanta palidez isto tudo de ver os sinais vitais torna-se dificil.

Recentemente revi, em História do Cinema, o cinema soviético de Eisenstein e Vertov, e como não podia deixar de ser falou-se acerca do grande filme que Человек с киноаппаратом (o Homem com a Câmara de Filmar), de 1929, foi e continua a ser...



Não abordarei muito detalhadamente este filme. Não o consigo fazer, pelo menos neste momento, mas independemente das vezes que o veja, pensarei sempre o mesmo... E isso é nada mais nada menos do que o quão fascinante certas coisas são, por não perderem o seu encanto e ainda conseguirem causar o seu único factor de espanto e surpresa, apesar das diferentes gerações, modas e constantes evoluções culturais e tecnológicas continuarem a moldar o entendimento da narrativa.
E isso leva a muitas outras perguntas... Pois de tanto me pasmar comecei a pensar o que é a narrativa cinematográfica afinal de contas senão um conjunto de imagens atenciosamente posicionadas de modo a serem lidas duma determinada forma em vez de outra qualquer. Pois... E como não podia deixar de ser, isso leva-me a outras perguntas e outros locais na minha mente. E eu? E nós? Que mais poderemos fazer e criar depois da fasquia ser assim elevada? Não sei... Mas algo há-de se arranjar... Há que arriscar, não é assim?


Inspirados e utilizando cenas da obra "the Man with the Movie Camera", deixo-vos aqui o videoclip de Cinematic Orchestra.

País de Origem: Rússia
Ano: 1929