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Mary e Max conta então a caricata amizade por carta de duas peculiares personagens, que apesar de viverem em dois continentes diferentes têm muito em comum, ao longo de vinte anos. Mary Dinkle (Tony Colette) é uma solitária e rechonchuda menina de 8 anos, que vive nos subúrbios de Melbourne, Austrália, enquanto Max Horovitz (Philip Seymour Hoffman) é um judeu nova-iorquino de 44 anos, que para além de sofrer de obesidade vive também com síndrome de Asperger, o que dificulta o entendimento das normas de comportamento na sociedade.
Obviamente que tal história só poderia sair da cabeça de Adam Elliot, um nome (quiçá) mais conhecido para aqueles que prestam mais atenção às curtas metragens de animação e aos muitos festivais que homenageam e premiam os mais ilustres desta arte. Curtas como Uncle (1996), Cousin (1998), Brother (1999) ou ainda Harvie Krumpet (2003) foram todas realizadas, escritas e animadas por este australiano entusiasta da animação, assim como ricamente premiadas nos festivais de Ottawa, Chicago, Montréal, Palm Springs, Évora - FIKE, Sundance, Sydney, Toronto, Cork, Aspen ou Hamburg, para não começar logo por referir o Óscar de Melhor Curta Metragem de Animação em 2003 pelo filme Harvie Krumpet (narrado, nada mais, nada menos, por Geoffrey Rush).
Se reconheceram algum dos filmes acima referidos, certamente já sabem que a temática envolverá, digamos, personagens estranhas com comportamentos bizarros, mas acima de tudo uma mensagem, que apesar de dura para alguns, é sempre sincera e honesta.
Tendo já 5 anos de produção, este filme australiano foi finalmente apresentado pela primeira vez no Berlin International Film Festival. Por enquanto ainda não tem estreia agendada em Portugal.
País de Origem : Austrália
Ano : 2009
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